5 de dezembro de 2016

O descompromisso da bancada evangélica parte dois: João Moreno ou Sérgio Moro?

Em 48h meu último post sobre a bancada evangélica no tocante a votação da chamada "lei de abuso de autoridade" alcançou 30.000 visualizações, o que deveras me surpreendeu, não estava esperando. Quiça pela revolta natural frente ao descaso dos nossos representantes em geral, quiça pelo time de coincidentemente eu ter postado em circunstâncias de manifestações, não sei precisar, mas o resultado mostra que as pessoas estão interessadas e vigilantes quanto ao que acontece lá! #EstamosDeOlhoBrasília.

Obviamente, com o texto auferindo espaço nas mídias sociais e na blogosfera, opiniões antagônicas a minha surgiram e foram evidenciadas em algumas páginas. Que bom! É deleitável o exercício do pensamento contrário, e esta circunstância realça o melhor do estado democrático.

Entre os que não consentem com o texto parcialmente ou integralmente, (além dos deputados, rs) está o professor e Pastor João Moreno, que em seu blog dedicou certo tempo explanando sobre o tema de maneira mais técnica, numa antinomia clara ao que defendi anteriormente, inclusive em seu título: BANCADA EVANGÉLICA ACERTOU EM VOTAR PELA PUNIÇÃO DE JUÍZES E PROMOTORES.

Como eu observei anteriormente, não aquiesço com as medidas apresentadas pelo Ministério Público em sua integralidade, ainda sim considero que a atuação dos deputados, ao desafeiçoar um projeto voltado para o combate a corrupção de maneira tão ríspida e irresponsável, resume-se em mal calculada bravata contra o poder judiciário. Nas palavras congruentes de um erudito amigo "...só corre um risco desse tipo quem tem culpa no cartório...".

A fim de consubstanciar este entendimento, surge em sazão propicia o levantamento da Agência Lupa, realizado a partir do cruzamento de duas bases de dados públicas: a da Câmara, que contém o resultado das votações das emendas e a da ONG Transparência Brasil, plataforma independente que monitora os 513 deputados e aponta quais deles são investigados ou respondem ações na justiça. O resultado da verificação é pertinente e esclarecedor. Constata que dos 312 deputados que votaram contra os juízes e promotores, 195 estão respondendo a processos.

Este dado torna lúcido o que eu já argumento e combate efetivamente pensamentos dissemelhantes: Não houve enfrentamento ao abuso de autoridade (afinal já havia projeto de lei arbitrando sobre tal), houve ameaça! Ameaça à lava-jato, intimidação ao poder judiciário e ao povo brasileiro! Ameaça da qual, SIM, a bancada evangélica fez parte e merece por isso, no minimo, a nossa suspeita e protesto.

Inda refutando o legitimo e democrático pensamento do nobre professor MORENO, publico abaixo o comentário do juiz Sérgio MORO a respeito da lei aprovada e seus encadeamentos no que toca a operação lava-jato.


No mais, sugiro a leitura do artigo publicado no PointRhema, escrito pelo juiz José Wellington Bezerra da Costa Neto, da 4ª Vara Cível da Comarca de Mauá - SP, quem conheço e admiro. O título: Vista a toga Brasil!

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